Ronald L. Trowbridge*

Fonte: http://www.chron.com/opinion/outlook/article/Radical-reform-of-higher-education-is-inevitable-2418714.php

Publicado em 21 de dezembro de 2011

Tradução adaptada por Maria Regina Ambrósio

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Uma reforma radical no ensino superior está vindo, quer gostamos ou não. Clayton Christensen, da Harvard Business School afirma que a "inovação disruptiva" inevitavelmente reformará radicalmente a Educação Superior. Michael Horn, coautor com Christensen de vários estudos sobre ensino superior, prevê: "Eu não ficaria surpreso se entre 10 a 15 anos, metade das instituições de educação superior serão fundidas ou desaparecerão”. Estas mudanças não afetarão seriamente as faculdades e universidades de elite porque sempre haverá alunos suficientemente ricos para cursarem essas escolas de prestígio, pois é a imagem que importa. Quais são as causas por trás da inovação disruptiva? Consideremos o seguinte: atualmente é mais oneroso enviar dois filhos para uma universidade do que comprar uma boa casa. Os alunos que entram, por exemplo, na Universidade do Texas em Austin, irão pagar cerca de $ 160.000 ao longo de cinco anos, sem qualquer subsídio do governo. As mensalidades e taxas aumentaram 120% na última década, nas 10 maiores universidades do Texas. Dados do Departamento de Educação dos EUA indicam que o estudante médio, cursando tempo integral em uma universidade pública no Texas, leva mais de cinco anos para se formar. São os dados do relatório de dívidas dos universitários do Fedral Studente Aid. prevendo que a dívida media dos alunos de graduação, em todo o país em 2012 estará perto dos $ 29.000 dólares,  e que se aproxima  do valor de $ 40.000, quando acrescido dos juros. O Educational Credit Management Corporation relata que cerca de 72.000 mutuários que mantinham empréstimos federais deixaram de paga-los desde 2008. Além disso, um recente estudo do Centro de Pesquisa Pew revelou que 57% do potencial de estudantes declarou que o sistema de ensino superior falha ao cobrar mensalidades exageradas para a educação e 75% disseram que a faculdade é financeiramente inviável. Mas há uma outra grande causa para a inovação disruptiva: universidades de fato são agentes de desunião entre classes sociais. Um estudo realizado em outubro pelo American Enterprise Institute (AEI), intitulado "barato para quem?" concluiu: "em média os contribuintes fornecem mais subsídios para as escolas públicas e privadas de elite do que para as escolas menos competitivas, onde provavelmente seus filhos estão sendo educados”. "A disparidade entre ricos e pobres é chocante. Os relatórios da AEI" das instituições sem fins lucrativos apresentam entre US$ 1.000 e 2.000 dólares, por estudante, por ano, como sendo a quantia de subsídios dos contribuintes, e o valor muda quando olhamos para as instituições mais seletivas. Entre elas, nas melhores instituições, o subsídio do contribuinte salta substancialmente para mais de US$ 13.000 dólares, por aluno, por ano. A Educação "tornou-se um sistema de castas”. AEI afirma: "Se o país pretende manter a sua vantagem competitiva, deve reverter as políticas atuais que resultam em fornecer o menor apoio do contribuinte para as instituições que matriculam maior percentual de estudantes de baixa renda, não tradicionais e das minorias – que são os  segmentos da população que mais crescem. "Então, se a metade de todas as instituições de educação superior se incorporarem ou sairem do negócio entre 10 a 15 anos, com um preço inadequado ao mercado, onde a maioria dos alunos vai ser educado? Eles serão educados em faculdades ou escolas com fins lucrativos, as profissionalizantes. Eles vão recorrer à aprendizagem on-line, ou "blended learning", ou "ensino a distância." E estes métodos não são educação de segunda classe. Em um estudo detalhado, recentemente lançado sobre as escolas no Texas, o Grupo Perryman declarou que as “faculdades e escolas privadas desempenham um papel fundamental em ajudar a preparar os texanos para os empregos do futuro". Verificaram ainda que, cerca de 70 por cento dos recém graduados das faculdades privadas profissionalizantes e escolas, foram empregados imediatamente em sua área de formação. Além disso, o custo total da formação de um trabalhador típico é aproximadamente 20% menor em uma faculdade privada profissionalizante em relação a uma faculdade pública. Este processo de inovação disruptiva é semelhante ao que o economista Joseph Schumpeter chamou de "destruição criativa" em última instância um maior benefício para a sociedade. A indústria automobilística destruiu a indústria do cavalo e da charrete, permitindo um ganho muito mais amplo da sociedade. Grande parte dos estabelecimentos de educação superior será destruído, mas em seu lugar virão novas formas de educação que irão beneficiar muito mais os alunos. * Trowbridge é um membro sênior do Centro de Acessibilidade da faculdade e Produtividade, um centro de pesquisa independente sediado em Washington, DC Ele vive em Conroe.